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quarta-feira, 13 de maio de 2009

Santa Maria, Mãe de Deus

Ave Maria,

  • A maternidade divina da Virgem Maria é a proclamação dogmática mais antiga da Igreja com relação à sua pessoa; data do ano de 431, na ocasião do Concílio de Éfeso, terceiro concílio ecumênico da Igreja. Evidentemente, Nossa Senhora não começou a ser Mãe de Deus a partir do concílio, mas este foi o momento em que a Igreja na explicitação e desenvolvimento de sua fé, também, de certa forma, coagida pela heresia de Nestório, patriarca de Constantinopla, assumiu a consciência desta verdade e definitivamente tomou posição a seu respeito. Em sua herética postura, Nestório apregoava que entre divindade e humanidade, em Cristo, havia apenas uma união moral. Consequentemente, a Virgem não poderia ser chamada de Mãe de Deus (Theotócos), mas só Mãe do Homem (Anthropotócos), ou, simplesmente, Mãe de Cristo (Christotócos). Com a difusão de tal doutrina nasceu uma celeuma na Igreja. Então, o imperador Teodósio II convocou o concílio no qual foi expoente maior São Cirilo de Alexandria que dirigiu a Nestório uma Epístola dogmática cujo conteúdo foi aprovado como matéria de fé. A epístola tinha o seu núcleo na afirmação de que em Cristo há duas naturezas, a divina e a humana, mas uma só pessoa. Portanto, fazia-se legítimo chamar a Virgem de Mãe de Deus. Ela não gerou a divindade, gerou o Filho de Deus. A mãe não gera só uma natureza, e sim, uma pessoa e, no caso de Nossa Senhora, a pessoa era Deus, o Verbo, o Filho de Deus. Destarte, o título de Mãe de Deus é como um guarda que vela a fim de que não seja esvaziado o título de Deus dado a Jesus. Se se nega a maternidade divina da Virgem Santíssima, de pronto se deixa de reconhecer em Jesus o Deus humanado. Por isso, o título de Santa Mãe de Deus, segunda invocação da Ladainha Lauretana, é bastante para dar fundamento a grandeza de Maria Santíssima e justificar as inumeráveis honras a ela ofertadas, que, conforme a ignorância de alguns, parecem exageradas. Isso talvez se justifique muito raramente no tocante ao modo. Mas, quando se pensa que Deus, em seu silêncio onipotente, habitou no seio desta mulher, merece lugar a mais extasiada contemplação, como a teve outrora Martinho Lutero que chegou a dizer em seu comentário ao Magnificat: “Chamando-a Mãe de Deus, foi-lhe dada toda honra; ninguém pode dizer dela, ou a ela, algo de mais sublime, ainda que tivesse tantas línguas quantas são as folhas da relva, as estrelas do céu e a areia da praia”. Portanto, o título de mãe (de Deus), não é como outros que podem ser acrescentados exteriormente, mas incide diretamente no ser da pessoa; mãe uma vez, mãe para sempre. E, em se tratando de Deus, que é a própria perfeição, jamais Ele desmancharia uma regra que o seu amor criou. Amando o homem, Ele amou também a sua forma de vir ao mundo e esta é a grande verdade encerrada no dogma da maternidade divina da Virgem Maria.

Pe. Jailton da Silva SoaresVvigário paroquial de N. Sra. da Conceição - CanguaretamaSanta Maria, Mãe de Deus

Retirado do Jornal A Ordem da Arquidiocese de Natal

Santa Maria.

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