Ave Maria,
Um Bispo escocês percorria, sozinho e a pé, as montanhas de sua diocese. Quando se encontrava entre as árvores frondosas da floresta, a noite o surpreendeu, e ele se perdeu. Após voltas e voltas, numa longa procura, encontrou, finalmente, uma choupana onde residia pobre família. Seus bravos moradores o receberam, sem saber de quem se tratava, pois o estranho trajava costume civil, sob longa e pesada capa.
O Bispo, por sua vez, ignorava quem eram seus anfitriões. Seriam católicos? Seriam protestantes? Não havia nenhum indício que pudesse esclarecer tal dúvida. Entretanto, após alguns momentos de mútua reserva e discrição, o Bispo notou que grande tristeza oprimia aquelas pobres pessoas.
Tomando coragem, disse-lhes: "Vocês foram muito gentis e bons para comigo, mas sinto que vocês estão muito tristes." - Infelizmente, o senhor tem razão - respondeu a mãe que parecia estar aguardando esta pergunta para desabafar. - Naquele quarto, ao lado, o nosso velho pai está para morrer. E o que mais nos aflige, é que ele pretende viver ainda, e se recusa, obstinadamente, a se preparar para a morte. - Posso vê-lo? - pergunta, emocionado e surpreso, o Bispo. - Naturalmente, respondeu a mulher, com aquela confiança própria das pessoas aflitas. Em seguida, fez entrar seu hóspede no quartinho onde se encontrava o enfermo.
Efetivamente, o Bispo deparou-se com um velho, reduzido às portas da morte. Parecia que a morte só precisava de mais um passo para atingi-lo. À primeira alusão feita pelo Bispo, a respeito daqueles últimos momentos de vida do enfermo, este último, parecendo retomar todo o seu vigor, respondeu-lhe com firmeza: "Não, a minha hora ainda não chegou." E esta continuava sendo a sua resposta a todas as reflexões que se lhe apresentavam, na intenção de persuadi-lo a se preparar para o momento final.
La Vierge Marie - Petite Somme mariale (A Virgem Maria, pequena súmula mariana), Lyon, 1942, p. 65O Bispo, por sua vez, ignorava quem eram seus anfitriões. Seriam católicos? Seriam protestantes? Não havia nenhum indício que pudesse esclarecer tal dúvida. Entretanto, após alguns momentos de mútua reserva e discrição, o Bispo notou que grande tristeza oprimia aquelas pobres pessoas.
Tomando coragem, disse-lhes: "Vocês foram muito gentis e bons para comigo, mas sinto que vocês estão muito tristes." - Infelizmente, o senhor tem razão - respondeu a mãe que parecia estar aguardando esta pergunta para desabafar. - Naquele quarto, ao lado, o nosso velho pai está para morrer. E o que mais nos aflige, é que ele pretende viver ainda, e se recusa, obstinadamente, a se preparar para a morte. - Posso vê-lo? - pergunta, emocionado e surpreso, o Bispo. - Naturalmente, respondeu a mulher, com aquela confiança própria das pessoas aflitas. Em seguida, fez entrar seu hóspede no quartinho onde se encontrava o enfermo.
Efetivamente, o Bispo deparou-se com um velho, reduzido às portas da morte. Parecia que a morte só precisava de mais um passo para atingi-lo. À primeira alusão feita pelo Bispo, a respeito daqueles últimos momentos de vida do enfermo, este último, parecendo retomar todo o seu vigor, respondeu-lhe com firmeza: "Não, a minha hora ainda não chegou." E esta continuava sendo a sua resposta a todas as reflexões que se lhe apresentavam, na intenção de persuadi-lo a se preparar para o momento final.
Santa Maria.
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