Ave Maria,
“São José é o perfeito modelo desta santa devoção, pois a razão e a finalidade da sua vida eram Maria e Jesus. Ele pensava continuamente em seu filho e em sua esposa. Aprendeu com Maria, por suas palavras e exemplos, a melhor maneira de dedicar-se na mais extrema perfeição a Jesus. A educação de São José foi o trabalho mais fácil que Nossa Senhora recebeu de Deus. Nenhum outro santo foi tão humilde e obediente a nossa Mãezinha, quanto ele. São José foi o primeiro fruto do apostolado de Maria: formar santos.
O ofício na carpintaria, os trabalhos domésticos, enfim, todo o suor derramado por São José tinha como meta o sustento da Virgem Maria e o de Jesus. Tudo ele fazia para Eles. O modelo dos operários quis ser escravo de amor de Nossa Senhora, sem nada exigir em troca. Com Maria ele foi a Belém, ao templo, ao Egito... Não tomava decisões sem compartilhar com Ela, fazia sempre a vontade de Deus. Ele é conhecido como justíssimo.
Era um homem interior, de escuta de Deus, de discernimento, de dons, de paz. Na bíblia ele não fala só escuta. Ele é conhecido como obedientíssimo.
Ele vivia em Maria, e nos momentos que não sabia como proceder, ele si perguntava: Como será que Maria responderia a essa situação, o que Ela faria? Ele é conhecido como prudentíssimo.
Invocam por ele com o título de Guarda da Virgem Pura, mas não pensem nele como um velho figurativo. Ele não era um eunuco, como muitas pessoas querem o colocar, para assegurar que ele não teve nada com a Mãe de Cristo. A virgindade de Maria foi um chamado de Deus. Assim eles receberam graças e forças do alto para cumprirem este voto. Ele foi o esposo amável, o companheiro ideal e perfeito, o guia seguro, o sustento na perseguição. O chefe da Sagrada Família foi a proteção amorosa que Deus criou.
O castíssimo São José não tinha pretensão de poder. Reconhecia seus limites e diante de sua impotência, fugia, em obediência ao anúncio do anjo. Sua esposa reconhecia nele um ungido de Deus. Sabia que ele tinha sido designado pelo Altíssimo para uma grande tarefa, por isto sempre respeitou os discernimentos que ele tinha. ‘Maria é a cheia de graça, mas São José era quem puxava o burrinho’.
Ele deu a Jesus o seu nome, e provavelmente o circuncidou, mostrando a paternidade da época.
O tempo de vida de São José é incerto. Ele acompanhou Jesus até os doze anos para uns, até o calvário para outros. A maioria dos teólogos diz que após o batismo de Jesus ele teria morrido, e que isto tivera ocorrido antes das Bodas de Caná. O certo é que na companhia de Maria, as relações que ele teve com Jesus foram as mais íntimas, as mais diretas e profundas, independente do tempo que conviveram.
Essas relações fizeram com que ele estivesse acima dos anjos. Enquanto a milícia celeste deve adorar e louvar a Deus, São José teve a missão de cuidar e educar este mesmo Deus. Os anjos devem obediência a Deus, mas Deus feito homem, devia obediência a São José. Como pai adotivo do menino Jesus, ele tinha o governo da vida dEle. Mesmo que hoje, esteja à direita do Pai, São José jamais deixará de ser o Pai nutrício do Filho de Deus.
Sendo Ilustre descendente de Davi, e tutor de Jesus, recebeu São José, abundantes e singulares graças para desempenhar o tão sublime ofício: Guardar e proteger os dois tesouros de Deus, Maria e Jesus. Isto o fez estar acima também de todos os santos. A sua missão era maior do que a de qualquer outro santo. O que faz um homem ser santo é a proximidade que ele está de Deus. E excetuando Maria ninguém esteve mais próximo de Jesus quanto ele. Embora que, ele estava sempre em Maria, com Maria, por Maria e para Maria.
É dito que não houve elogio de Jesus maior que a João Batista. Mas veja, ele é exaltado e comparado com os profetas no antigo testamento. A relação feita não era quanto à graça e a santidade, e sim quanto a ser profeta. Releia o contexto que é colocado o filho de Isabel (Mt 11, 12).
São José tinha planos: casar-se, e por assim dizer ter filhos. Como nós também temos. Como não compreendia no início o que estava acontecendo, teve medo, pois não tinha ciência do mistério da redenção, e quis renunciar Maria secretamente. Não que ele duvidasse da pureza de Maria, ma ele é que não se achava capaz, digno de tão grande mistério.
Quantas vezes você foi chamado para desempenhar alguma missão na igreja, e por temor fugiu da responsabilidade ao chamado? São José quer compartilhar com você o que o anjo anunciou a ele. ‘Não temas receber Maria, pois o que nela foi concebido vem do Espírito Santo. ’ (Mt 1, 20).” *
A paz de Nosso Senhor Jesus Cristo e o amor de Maria Santíssima. Amém!
*Esse trecho foi retirado do livro Totus Tuus, edição de 2006, dos autores Mara Lúcia Figueiredo Vieira de Carvalho e César Augusto Saraiva de Carvalho, pela editora Mater Dei, encontrado nas páginas 71 e 72 sobre “São José, o perfeito modelo de escravo”.
Santa Maria.
Quem digitou tudo isso foi o autor do Blog nos Passos de Deus. Visitem